quarta-feira, 13 de maio de 2009

E tem uma música de Zélia Duncan, Novos Alvos, com estes versos:

Por mais que eu perceba as saídas
Dúvidas seram bem-vindas
Estou esperando notícias de outro lugar

terça-feira, 12 de maio de 2009

Mais uma dele...

Certeza

De tudo, ficaram três coisas:
A certeza de que estamos sempre começando...
A certeza de que precisamos continuar...
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...
Portanto devemos:
Fazer da interrupção um caminho novo...
Da queda um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro...

Fernando Pessoa
Busquei e achei, esta poesia de Fernando Pessoa:

Acho tão Natural que não se Pense





Acho tão natural que não se pense
Que me ponho a rir às vezes, sozinho,
Não sei bem de quê, mas é de qualquer cousa
Que tem que ver com haver gente que pensa ...

Que pensará o meu muro da minha sombra?
Pergunto-me às vezes isto até dar por mim
A perguntar-me cousas. . .
E então desagrado-me, e incomodo-me
Como se desse por mim com um pé dormente. . .

Que pensará isto de aquilo?
Nada pensa nada.
Terá a terra consciência das pedras e plantas que tem?
Se ela a tiver, que a tenha...
Que me importa isso a mim?
Se eu pensasse nessas cousas,
Deixaria de ver as árvores e as plantas
E deixava de ver a Terra,
Para ver só os meus pensamentos ...
Entristecia e ficava às escuras.
E assim, sem pensar tenho a Terra e o Céu.¨


e selecionei trechos de outras...


¨Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.¨


xxxxxxxx


¨Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento,
Assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade,
Mas, como a realidade pensada não é a dita mas a pensada.
Assim a mesma dita realidade existe, não o ser pensada.
Assim tudo o que existe, simplesmente existe.
O resto é uma espécie de sono que temos, infância da doença.
Uma velhice que nos acompanha desde a infância da doença.¨


xxxxxxxx


¨Procuro despir-me do que aprendi
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu...¨


xxxxxxxx


¨Não sei o que é conhecer-me. Não vejo para dentro.
Não acredito que eu exista por detrás de mim.¨



dá o que pensar, né? rs...



quarta-feira, 6 de maio de 2009

Não estava procurando, mas...

Num passeio por minha estante virtual do skoob.com.br encontrei este livro, que chamou a atenção pelo fato de termos terminado a leitura de História de Mulheres. Como já é sabido, não resisti ao apelo de entrar no site do livro http://www.contosfilosoficos.com.br e achei interessante. O site apresenta o livro e tem o prefácio para lermos on-line. É só uma sugestão para a nossa próxima escolha.
Beijos
Teca